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Tlaloc, o poderoso deus asteca da chuva e da fertilidade, é uma figura central na mitologia mesoamericana. Reverenciado por suas ligações com as águas da terra e os elementos naturais, Tlaloc é frequentemente retratado com olhos expressivos, pele azul e presas imponentes. Sua imagem icônica, segurando um jarro que contém as águas da chuva, evoca seu papel vital como provedor de vida e abundância. Descubra mais sobre o legado e a influência de Tlaloc na cultura asteca e além.

Origens e Representação

Tlaloc, cujo nome significa “Aquele que descansa sobre a terra” na língua nauátle, é reverenciado como o deus asteca da chuva, fertilidade e relâmpagos, sendo uma das divindades mais antigas adoradas na Mesoamérica. As primeiras representações identificadas como Tlaloc remontam ao século I d.C., encontradas em vasos de Tlapacoya, onde é retratado gerando relâmpagos.

Na iconografia asteca, Tlaloc é frequentemente apresentado segurando um jarro de barro ou uma panela, símbolos que representam as águas da chuva que ele controla. Sua imagem é caracterizada por olhos arregalados e presas imponentes, atributos que alguns interpretam como uma associação com o jaguar, possivelmente derivada da religião olmeca, onde o jaguar-homem era uma divindade proeminente. Em outras culturas mesoamericanas, seus equivalentes incluem Chaac, o deus maia da chuva, e Cocijo, o deus zapoteca da chuva.

A mitologia asteca descreve Tlaloc como residindo em cavernas nas montanhas, onde guarda grandes tesouros, o que reforça sua imagem como um “provedor” por meio das chuvas. Ele é associado ao governo da terceira das cinco eras astecas, enfatizando seu papel central na cosmologia e na história religiosa desse povo.

Relações e Mitologia

Tlaloc é considerado um dos filhos do casal primordial Ometecuhtli e Omecihuatl, e é frequentemente associado à deusa Chalciuhtlicue, tanto como sua consorte quanto sua irmã, em diferentes versões do mito. A mitologia asteca atribui a Tlaloc o domínio sobre Tlalocan, o reino dos mortos que sucumbiram às ações do deus, como afogamento em inundações ou serem atingidos por raios.

Culto e Rituais

O culto a Tlaloc era marcado por rituais complexos e às vezes sombrios. Durante os primeiros três meses do calendário asteca e no festival Hueytozoztli, crianças eram sacrificadas por afogamento em homenagem ao deus da chuva. Esses sacrifícios eram vistos como essenciais para garantir a fertilidade da terra e o sucesso das colheitas. Com a chegada do cristianismo, essas práticas foram gradativamente substituídas por oferendas menos extremas.

Templos e Adoração

Tlaloc era honrado com um grande templo em Tenochtitlán, ao lado do templo de Huitzilopochtli, formando o Hueteocalli, o Grande Templo, que servia como o epicentro do ritual religioso asteca. Esses locais sagrados eram essenciais para a comunicação entre os humanos e os deuses, onde as oferendas e preces eram feitas em busca de proteção, fertilidade e chuva abundante.

A figura de Tlaloc na mitologia asteca representa não apenas o papel vital da chuva e da fertilidade na vida agrícola das civilizações mesoamericanas, mas também a complexidade e a profundidade das crenças religiosas que moldaram essas sociedades antigas.

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